A Seilinha, aquela menina rosa que aparecia nas tardes de minha infância e brincava de carregar gravetos depois que ela me ajudou a construir casas pequeninhas, cheirosas e aconchegantes ela inventou receitas de bolos,onde os ingredientes sempre eram os mesmos: Folhas de parreira, areia ou terra, muita água que tinha de ser das poças formadas pela chuva para dar o "toque da receita" . Ela as vezes vinha e sumia...Sumia sim sem avisar, eu esperava ela tardes inteiras, um dia descobri que ela se escondia no album de fotografias tiradas quando eu ainda era um bebe. Muitas vezes a surprendi embalando o meu berço. Numa das tardes me ensinou a brincadeira do martelo e a secar mandioca no sol para fazer de giz, descobrimos juntas que poderíamos desenhar, não sabiamos que não poderia ser em todas as paredes da casa. Até hoje não sei que dia exatamente ela partiu definitivamente se foi na noite da roda gigante equanto eu olhava distraida para o céu ou se ela cresceu. se comerou seus 40 anos não me convidou li alguma coisa no breefin social, mas não tinha foto so uma nota. É, ela preservou o gosto pelo anonimato.
Kátia Emmel
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