Mais um gaudério que parte,
outra saudade que fica,
somente o Patrão explica
as razões, deste aparte.
Mas quem trabalha com a arte
e encanta com seu talento,
não morre cento por cento,
fica um pouco na memória,
Para contar a história
De Moacir Nascimento...
Campeiro das madrugadas,
Fez da vida poesia,
Cantando o dia a dia,
das festas e camperiadas...
Deixou em sua jornada
Um rastro de emoções
e da cidade aos galpões
Seu canto foi um louvor
e um atestado de amor
Ao santo chão das Missões...
O céu precisou de um gaiteiteiro
Pra tocar no infinito
E acompanhar o Manoelito
Num estilo missioneiro,
por certo outros parceiros
Dirão: te achega Moacir,
que os anjos querem ouvir
Vocês cantando em dueto
E compondo belos sonetos
Com Jayme, Noel e Cenair...
Fica o verso nativo,
Tal como um eco nos pampas,
E a gauchesca estampa
Deste torrão primitivo,
Como forma de incentivo
A quem não lhe conheceu.
O poeta não morreu,
Pois deixou um testemunho,
Que se renova em algum punho
Os versos que ele escreveu...
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